Resiliência de plantas de cobertura à seca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46420/TAES.e240016

Palavras-chave:

Urochloa spp., Pennisetum glaucum, Sistema de plantio direto, Estresse hídrico

Resumo

A produção de palha das plantas de cobertura e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas em plantio direto podem ser comprometidas pelo baixo índice pluviométrico no período seco da entressafra no Brasil Central. Este estudo investigou a resiliência à seca de cinco espécies de plantas de cobertura sob condições de estresse hídrico. Três níveis de irrigação [100% da capacidade do vaso – CV (condições bem irrigadas), 60% CV (estresse hídrico moderado) e 25% CV (estresse hídrico severo)] e cinco espécies de plantas de cobertura de gramíneas [Urochloa brizantha cv. BRS Piatã, U. brizantha cv. Marandu, U. brizantha cv. Xaraés, U. ruziziensis cv. Comum e Pennisetum glaucum cv. ADR 300] foram testados usando um delineamento de blocos casualizados, com arranjo fatorial 3 × 5, e com três repetições. Com as variáveis avaliadas análises de variáveis canônicas (AVC) e uma rede de correlação foi estabelecida. A AVC mostrou que 88.6 % da variação total dos dados foi retida nas duas primeiras variáveis canônicas. As plantas foram expostas ao estresse hídrico por 25 dias durante as fases de perfilhamento e alongamento do colmo. As plantas do gênero Urochloa (U. ruziziensis, U. brizantha cv. Marandu, e U. brizantha cv. Xaraés) apresentaram maior produção de matéria seca total em condições normais de irrigação. Entretanto, em condições de estresse hídrico moderado a U. ruziziensis foi a planta de cobertura com maior resiliência, pois, nessas condições culminaram maiores produção de matéria seca.

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2024-12-30

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Seção Artigos