Influência da localidade de produção e da salinidade sobre o potencial germinativo de sementes de angico coletadas em diferentes anos

Autores

Enzo Viana Batista, Universidade Federal do Vale do São Francisco; Maria Jaynara Siqueira Amaro, Universidade Federal Rural de Pernambuco; Graciane Xavier Leal Ferraz, Universidade Federal Rural de Pernambuco; Dra. Monalisa Alves Diniz da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco; Agda Taynná de Amorim, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Palavras-chave:

Caatinga, Potencial osmótico;, Germinação;

Sinopse

Muitas são as espécies florestais arbóreas que se desenvolvem na região semiárida do Nordeste brasileiro. Neste sentido destaca-se a espécie florestal Anadenanthera colubrina (Vellozo) Brenan, popularmente conhecida como angico. A referida espécie possui grande relevância econômica. No entanto, as populações de angico são exploradas de maneira desenfreada, o que contribui para o seu declínio. Com as ações antrópicas, acelerando o processo de mudança climática, pondo em risco a permanência da Caatinga e a dispersão de suas espécies. Na região Nordeste, a salinidade é um problema evidente, exacerbado pelas altas taxas de evaporação e pelo baixo índice pluvial, o que leva ao acúmulo de sais na superfície do solo. A salinidade dos solos é um fator limitante para as espécies nativas da Caatinga, pois a presença de sais nas plantas torna inviável diversos processos metabólicos. Objetivou-se por meio desse estudo a avaliação de sementes de angico, coletadas em diferentes localidades (Serrita e Sertânia - PE) e diferentes anos (2018 e 2019), submetidas a diferentes potenciais osmóticos de NaCl (0, -0,2; -0,4; -0,6; -0,8; -1,0 e -1,2 MPa). Foram avaliados a porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação e tempo médio de germinação. As sementes coletadas no município de Serrita – PE apresentaram uma capacidade germinativa superior às coletadas no município de Sertânia -PE, para o ano de 2018. Foi possível observar que a maior velocidade de germinação ocorreu nas sementes que não foram expostas à salinidade. Quanto ao tempo médio de germinação, foi possível observar que com o aumento das diferentes concentrações de NaCl, houve também um aumento no tempo médio de germinação. As sementes de A. colubrina coletadas em 2019 apresentaram capacidade germinativa acima de 50%, independente dos potenciais osmóticos de NaCl. As que foram coletadas em Serrita – PE apresentaram maior  germinação, independente do ano de coleta.

Capítulos

  • INFLUÊNCIA DA LOCALIDADE DE PRODUÇÃO E DA SALINIDADE SOBRE O POTENCIAL GERMINATIVO DE SEMENTES DE ANGICO COLETADAS EM DIFERENTES ANOS
    Enzo Viana Batista

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Biografia do Autor

Enzo Viana Batista, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Mestrando em Produção Vegetal

Maria Jaynara Siqueira Amaro, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Discente do curso de Agronomia

Graciane Xavier Leal Ferraz, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Discente do curso de Agronomia

Dra. Monalisa Alves Diniz da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco/ Unidade Acadêmica de Serra Talhada

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Inovações em pesquisas agrárias e ambientais - Volume V

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Publicado

5 December 2024

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Detalhes sobre essa publicação

ISBN-13 (15)

978-65-85756-43-3

Como Citar

Influência da localidade de produção e da salinidade sobre o potencial germinativo de sementes de angico coletadas em diferentes anos: Vol. Capítulo 6, Volume 5. (2024). Pantanal Editora. https://doi.org/10.46420/9786585756433cap6