O fator de impacto é uma medida que indica a frequência média com que os artigos de uma revista científica são citados por outros artigos em um determinado período de tempo. Ele é usado como um indicador da relevância e da qualidade de uma revista, e também como um critério para avaliar a produtividade e o prestígio dos pesquisadores que publicam nela.
O fator de impacto é calculado anualmente pelo Journal Citation Reports (JCR), uma base de dados que reúne informações sobre mais de 20 mil revistas de todas as áreas do conhecimento. O JCR utiliza os dados da Web of Science, uma plataforma que indexa e rastreia as citações entre os artigos publicados.
Para calcular o fator de impacto de uma revista no ano X, o JCR divide o número de citações que os artigos publicados nessa revista nos dois anos anteriores (X-1 e X-2) receberam no ano X pelo número total de artigos publicados nessa revista nos dois anos anteriores. Por exemplo, o fator de impacto de uma revista em 2020 é obtido pela seguinte fórmula:
Fator de impacto 2020 = Número de citações em 2020 aos artigos publicados em 2018 e 2019 / Número total de artigos publicados em 2018 e 2019
O fator de impacto é um dos indicadores mais utilizados para classificar as revistas científicas em rankings e para comparar as revistas entre si ou dentro de uma mesma área. Quanto maior o fator de impacto, maior é a visibilidade e a influência da revista na comunidade científica.
No entanto, o fator de impacto também tem limitações e críticas. Algumas delas são:
- O fator de impacto não reflete a qualidade individual dos artigos, mas sim a média da revista. Assim, um artigo pode ter muitas ou poucas citações independentemente do fator de impacto da revista em que foi publicado.
- O fator de impacto varia muito entre as diferentes áreas do conhecimento, pois cada área tem suas próprias características e padrões de publicação e citação. Por isso, não é adequado comparar o fator de impacto de revistas de áreas distintas.
- O fator de impacto pode ser influenciado por fatores externos, como o idioma, a periodicidade, o tamanho e o escopo da revista, o número de autores e citações por artigo, o tipo de documento (artigo original, revisão, editorial, etc.) e até mesmo práticas editoriais questionáveis, como a autocitação excessiva ou a pressão para que os autores citem a própria revista.
- O fator de impacto pode gerar distorções e vieses na avaliação da pesquisa científica, como a tendência a valorizar mais as revistas com alto fator de impacto do que o conteúdo e a originalidade dos artigos, ou a preferência por temas mais populares e menos controversos que possam atrair mais citações.
Portanto, o fator de impacto é uma ferramenta útil, mas não suficiente, para medir o impacto da publicação científica. Ele deve ser usado com cautela e complementado com outros indicadores, como o número absoluto de citações, o índice h, o altmétrico e a avaliação por pares.
Deixe um comentário